Sunday, March 8, 2020

Comprei o coreset e curti! O que vem depois?

imagem retirada do Google Imagens


O coreset é a porta de entrada para o nosso card game do Senhor dos Anéis. É através dele que você irá encontrar as cartas de jogador, aventuras base, tokens e marcadores de ameaça para poder embarcar nas aventuras da terra média. Muito embora, você consiga montar decks com algumas deluxes e packs e jogá-las utilizando de tokens genéricos sem a caixa base, existem cartas específicas que só irão ser encontradas no coreset e que são bastante impactantes no gameplay do jogo. Deste modo, o coreset sem dúvidas é por onde você deve começar. Mas pelo pressuposto, você já passou pelo coreset e agora quer expandir a sua experiência e para isto, procuro neste post, te auxiliar nisto.

A primeira coisa que precisamos explicar é como o jogo foi construído pela FFG. Por ser um LCG - Living Card Game, você não precisará comprar pacotinhos de cartas a procura de cartas de jogador para o seu deck. Ao invés disto, você irá procurar por caixas de expansões que contém cartas específicas daquela expansão para adicionar ao seu jogo. Estas expansões possuem cartas de jogador e de aventura. Para distribuir isto, a FFG dividiu em ciclos, cada ciclo é composto por uma deluxe e seis packs. Os packs são complementos da deluxe, ou seja você pode jogar com uma deluxe de um ciclo, mas para utilizar os packs daquele ciclo, você irá precisar do deluxe especifico. 

O primeiro ciclo não possui deluxe, haja visto a existência de um coreset. Daí então possuímos o primeiro ciclo de seis packs que compõe o Mirkwood Cicle. Todos estes packs foram lançados em português, e foram traduzidos com os seguintes nomes (em ordem de lançamento):

  • A Caçada por Gollum
  • Conflito na Carrocha
  • Jornada à Rhosgobel
  • As Colinas de Emyn Muil
  • Os Pântanos Mortos
  • Retorno à Floresta das Trevas



Logo em seguida, foi lançado em português a deluxe do segundo ciclo The Dwarrowdelf que é chamado Khazad-Dum. No entanto, os 6 packs que compõe este ciclo não foram lançados pela Galápagos, mas foram traduzidos, sem fins lucrativos, pelos colaboradores do blog. Caso tenha interesse pela tradução, aconselho entrar no nosso grupo de WhatsApp. 

Além disto, a Galápagos lançou a primeira caixa da Saga Hobbit, que é chamada: O Hobbit - Montanha Acima, Montanha Adentro. As sagas são diferentes das deluxes, pois não seguem a dinâmica dos ciclos e tem como objetivo traduzir a experiência da narrativa correspondente a saga para as mecânicas do jogo. Hoje temos duas sagas, a Hobbit e a do Senhor dos Anéis. 

A Saga Hobbit possui 2 caixas, sendo a primeira lançada aqui no Brasil, como foi dito e a segunda traduzida pelos colaboradores do blog. A saga da trilogia do Senhor dos Anéis é composta por seis caixas, mas não foram traduzidas ainda para o português.

Caso ainda haja uma dúvida de como é feita essa organização ou procure por um guia de compra, o blog LoTR LCG Brasil, também criou um post bem ilustrativo desta organização, a postagem pode ser conferida neste link.

Agora que já temos uma noção de como a expansão do jogo é organizada, vamos para a parte mais divertida que é: como usufruir do que eu tenho?

Para responder esta pergunta, irei partir do pressuposto que você leitor, possui somente a caixa base e que acabou de jogar a sua terceira partida. Provavelmente, você ainda está se familiarizando com as cartas e com as diversas fases e janelas de ação do jogo, então a primeira sugestão é: continue jogando! Somente com o passar do tempo você vai conseguindo adquirir intimidade com as diversas cartas, termos, palavras e mecânicas do jogo e por isso eu o aconselho a continuar jogando as duas primeiras aventuras do jogo. 

A caixa base vem com três aventuras: Passagem pela Floresta das TrevasJornada pelo Anduin e Fuga de Dol Guldur. No momento estou escrevendo artigos sobre cada uma destas aventuras, mas por enquanto o que posso adiantar é que a primeira aventura é ideal para que você possa se familiarizar com as fases do jogo e suas mecânicas bases. A segunda tem como objetivo ampliar o desafio e é considerada a aventura mais bem desenhada, mecanicamente falando, dentro da caixa base. Já a terceira aventura, foi construída pra mostrar o desafio que o jogo pode oferecer e que peca por exagerar na dosagem, a medida que abusa do fator da aleatoriedade e da restrição de recursos na fase inicial do jogo.

imagem por DurinsFather

Isto posto, você tem dentro da caixa base aventuras que podem ser repetidas de diversos modos, e aqui entra uma das minhas partes favoritas do jogo: O deck building! Muitas vezes, me vi abrindo um vinho e olhando minhas cartas tentando entender como funcionava a aventura que eu iria jogar e procurando na minha coleção de cartas de jogador por opções de como melhor enfrentá-la. Este estudo por si só, já faz parte da brincadeira, ao meu ponto de vista, e é necessário que a gente o leve em consideração a medida que o jogo foi construído com esta finalidade. Há pessoas que não gostam tanto deste aspecto e por isto existe sites como www.ringsdb.com onde é possível encontrar decks prontos. Há também pessoas que gostam de criar decks para os outros jogarem e pessoas que gostam de testar decks que outros criaram. Ou seja, o fator deck building pode ser explorado de diferentes formas atendendo diferentes perfis de jogadores.

Por fim, uma outra maneira de explorar o que você possui é: impondo a si desafios! Podemos encontrar diferentes modos de enfrentar uma aventura ou de criar decks de jogadores. Há pessoas que se limitam a criar decks temáticos. como decks de anões, Rohan, por exemplo. Lógico que, com apenas um coreset você estará limitado a certos arquétipos, e por isto criamos outras formas de propor desafios com apenas o coreset, a exemplo da nossa Liga O Senhor dos Anéis, cuja a qual encaminha (até a data da publicação deste texto) a sétima edição. Na liga, criamos três diferentes tipos de desafios, onde o primeiro limita ao participante utilizar cartas apenas do coreset para enfrentar uma das três aventuras da caixa base.

Portanto, com a caixa base podemos ter um vislumbre do que o jogo pode nos oferecer e a partir dali nos aventurar pelos diversos lugares da Terra Média.

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